Fico a aguardar Comentários e/ou Críticas Construtivas para postar o próximo Capítulo.
Teenage Drama Love
Capítulo XIII
15 De Novembro de 2008. Era uma tarde de sábado chuvosa. Fazia duas semanas que Kate não via Bill. O perfume que o casaco de cabedal dele imanava estava quase a ficar sem aroma. A jovem estava sentada, de pernas cruzadas, sobre a sua cama, olhando para a janela. Onde a chuva batia furiosa. Os céus estavam cobertos por nuvens cinzentas. Nos seus braços, o casaco continuava. Abraçava-o. Apenas o perfume dele a fazia sentir uma pontada de felicidade.
Ouviu o toque de mensagem do seu telemóvel, que estava sobre a sua secretária. Esticou a braço e agarrou-o. Clicou no botão “ok” e leu a mensagem:
“Hey! Pedi o teu número, espero que não te importes.
Queria convidar-te para uma festa que vamos dar na garagem onde ensaiamos, para comemorar o facto de já termos manager. A festa começa às nove da noite de hoje. Quero a tua presença lá, okay? Responde-me.
Bill.”
O telemóvel caiu na colcha vermelha da cama de Kate. A rapariga estava boquiaberta. Era mesmo Bill? Estaria novamente a sonhar? Era impossível ter sido o rapaz a enviar-lhe aquela mensagem. Ele queria mesmo a presença de Kate? A rapariga pegou no telemóvel e voltou a olhar para o ecrã brilhante. Era assinado como Bill. Seria mesmo ele? E se fosse uma partida? Mas quem poderia gozar assim com ela? Talvez Sophia! Se já a tinha traído uma vez, porque não voltar a fazê-lo. Kate assustou-se quando o telemóvel começou a vibrar e a tocar um irritante toque de chamada. Olhou o ecrã e viu um número que não conhecia. Quem seria?
- Estou? – Kate atendeu a chamada.
- “Hey Kate! Sou eu, o Bill!” – disse uma voz masculina do outro lado da linha.
Ao ouvir a voz do rapaz, o corpo de Kate congelou e um rubor formou-se na sua face.
- “Recebeste a minha mensagem?”
- S-sim. – gaguejou. Tinha sido mesmo ele!
- “Podes ir á festa?”
- Ainda não sei. – respondeu – Tenho de pedir autorização aos meus pais.
- “Tens mesmo de ir! Quero a tua presença lá!”
- Queres que eu te devolva o casaco, não é? – entristeceu-se Kate.
- “Qual casaco?”
- O que me emprestaste por eu estar com frio na noite de Halloween. – respondeu Kate – Calculei que já nem te lembrasses.
- “Ah! Esse casaco! Não é importante! Se quiseres, até podes ficar com ele. Mas vai á festa, por favor. Diz á tua mãe que é o vocalista dos Tokio Hotel que pede.”
Kate riu-se forçadamente. O facto de Bill se ter esquecido daquela noite entristeceu-a. Provavelmente até se tinha esquecido que a tinha trazido a casa.
- Okay, vou tentar ir. – proferiu Kate – Quem vai?
- “Os nossos amigos todos.” – respondeu Bill do outro lado da linha.
- “Que resposta esclarecedora!” – pensou Kate. – Okay, eu depois digo-te a minha resposta.
- “Brutal! Hey Kate!”
- Sim?
- “Vai com um vestido, ficas linda quando usas vestidos.”
Kate corou e não teve palavras para responder.
- “Tenho de desligar. Até logo, Kate”
- Adeus. – disse, num fio de voz.
Quando a chamada se desligou, o telemóvel escorregou, novamente, das mãos de Kate e caiu na colcha. Pela cabeça de Kate o que tinha acabado de suceder numa fracção de três minutos tinha sido surreal. Bill, o rapaz que mais amava neste mundo, tinha acabado de lhe dizer que ficava linda com vestidos! Piscou os olhos várias vezes e beliscou o braço, para se certificar que não estava a sonhar. E não estava!
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Gaby passeava pelas ruas chuvosas de Loitsche, partilhando um guarda-chuva com Gustav. Tinha saído, á cerca de dez minutos, do centro comercial perto da escola. Tinham ido almoçar e agora dirigiam-se a casa de Gustav para verem um filme que o rapaz alugou na noite anterior, novamente seus pais estão fora no fim-de-semana. Ambos trocavam apaixonados sorrisos, até que o telemóvel de Gaby tocou em sinal de chamada.
A rapariga abriu a mala de ombro preta e retirou o telemóvel, que tocava um toque de chamada polifónico. Clicou “ok” e atendeu:
- Hey Kate! Diz!
- “Vais á festa que a banda do Gustav está a organizar na garagem onde ensaiam hoje á noite?”
- Claro que sim! – respondeu – Ele convidou-se já algum tempo.
- “Eu também vou.” - informou a voz de Kate do outro lado da linha.
- Fixe! – exclamou Gaby, animada – Alguém te convidou ou vais …?
- “Claro que me convidaram! Não iria aparecer numa festa sem convite!”
- Foi o Georg? – perguntou Gaby.
- “Não, foi o Bill.”
- A sério? – Gaby estava surpresa mas feliz – Ele convidou-te mesmo?
- “Eu não acreditei quando ele me mandou uma mensagem, mas depois telefonou e era ele! Era ele, Gaby! E disse para eu levar um vestido porque ficava linda de vestidos.”
- Eu disse! – exclamou Gaby, com um enorme sorriso. – E tu vais levar um vestido, como é óbvio.
- “Não sei, achas que devo?”
- Não sejas idiota! – exclamou Gaby, com um tom sério – Ele diz-te que ficas linda com um vestido e não vais levar!? É óbvio que levas!
- “Está bem, está bem! Eu levo!” – concordou do outro lado da linha, Kate – “Okay, era apenas para te dizer isto, ainda estou em estado do choque.”
- Não precisas de ficar! – riu-se Gaby – Não ficas “apenas”! É uma excelente notícia!
Kate riu-se do outro lado da linha.
- “Okay, então tenho de escolher um vestido para logo á noite!”
- São apenas 16 horas da tarde! – informou Gaby, consultando o relógio de pulso – A festa apenas começa ás 21!
- “Tenho muito por onde escolher!”
- É só uma festa! – lembrou Gaby, rindo-se – Não é um baile formal!
- “Uma festa onde vou estar com o Bill!” – vincou Kate do outro lado – “De qualquer maneira, tenho de desligar! Estou a ficar sem bateria!”
- Okay. – disse Gaby – Então vemo-nos logo!
- “Até logo, Gaby!”
Kate desligou a chamada do outro lado da linha. Gaby voltou a arrumar o telemóvel na mala e olhou para Gustav, com um sorriso.
- Boas novidades? – perguntou o baterista.
- As coisas entre o Bill e a Kate vão de vento em popa!
- Vamos ver onde esses dois ainda vão chegar. – comentou Gustav.
- A Kate gosta mesmo dele. – suspirou Gaby – Nunca vi nada assim!
- Nem como nós? – perguntou Gustav, olhando de relance para ela, para ver a sua reacção.
- As coisas são diferentes. – vincou Gaby, olhando para a frente – Eu e Kate temos personalidades diferentes. Ela apaixona-se vivamente e em demasia, por isso tem muitas desilusões.
- Compreendo.
- O que eu não consigo entender. – recomeçou Gaby – É porque nenhum rapaz se sente atraído por ela! Ela é tão bonita, não é?
- Sim, é. – concordou Gustav.
- Por isso, não percebo porque todos os rapazes por quem ela se apaixona não correspondem!
- Talvez ela se ande a apaixonar pelas pessoas erradas. – observou Gustav.
- Sim. – assentiu Gaby – Espero que com o Bill seja diferente.
- Eles são parecidos, acho que pode resultar. – sorriu Gustav.
A chuva que caia forte começou a estagnar. Pequenos pingos aterravam nas poças de água que inundavam o passeio de cimento. Até que parou completamente, deixando apenas um ar húmido.
- Olha, Gustav! – exclamou Gaby, estendendo a mão para fora do guarda-chuva – Parou de chover!
Gustav afastou o guarda-chuva e comprovou isso. O baterista fechou o chapéu de cor azul-escuro. Por entre as nuvens negras no céu, já se tornando esbranquiçadas, o sol começou a brilha, iluminando a vila.
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Tom tocou na campainha que se localizava á esquerda de uma porta de carvalho. Estava no pequeno hall de um prédio. A porta era a do lado direito do terceiro andar do prédio. A porta abriu-se um pouco mas o suficiente para se ver uma jovem de cabelo preto mas branco e rosa-claro nas pontas, vestida com um roupão de noite preto em malha turca, atado na cintura. Contrastava com a pele branca dela.
- Olá. – cumprimentou Tom, olhando para ela.
- Olá.
Agnes abriu totalmente a porta e encostou-se um pouco á parede para dar passagem a Tom. O rapaz entrou e começou a caminhar para o interior do apartamento, para o corredor. Agnes olhou para ele com um sorriso maroto e fechando a porta de entrada, seguiu atrás dele.
- Não esperava que aparecesses tão cedo. – confessou Agnes.
Tom ficou parado no meio do quarto da jovem e despiu o largo casaco, atirando-o para cima da cadeira da secretária da rapariga.
- Não queres a minha presença aqui? – perguntou Tom, fintando-a.
- Sabes bem que quero. – garantiu. – Apenas pensava que vinhas mais tarde.
- Também não vamos perder o nosso precioso a discutir acerca da hora a que cheguei, pois não? – riu-se Tom, aproximando-se de Agnes, tocando na cintura dela com as suas mãos.
- E que tens em mente para o nosso plano de tarde?
Tom sorriu e aproximou seu rosto do dela, beijando os lábios dela. As mãos do guitarrista recuaram na cintura dela e prenderam-se no nó do cinto do robe, desfazendo-o. Agnes quebrou o beijo e prendeu os pulsos de Tom. O rapaz abriu lentamente as pálpebras e encarou-a.
- O que se passa?
- Nada. – respondeu, sinceramente, Agnes.
- Então não há qualquer problema… - a voz do rapaz baixava de volume á medida que se aproximava dos lábios de Agnes, até se enlaçarem neles.
Desprendendo-se das mãos dela, Tom puxou-lhe o roupão para baixo, revelando o corpo branco e completamente nu para si. As mãos de Agnes subiram-lhe a larga camisola e atirou-a para algures no quarto, após, pousaram no pescoço, deslizando para os ombros. O rapaz enlaçou-se a cintura nua com seus braços, fortemente. Caminhou de encontro á cama da rapariga, deixando-se cair em cima da cama.
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“Vai com um vestido, ficas linda quando usas vestidos.”
A voz de Bill repetia-se vezes sem conta na mente de Kate. Passou a tarde vagueando pelo seu quarto, com o guarda-roupa de portas abertas, olhando para os seus vestidos. Tentando adivinhar qual seria o que Bill mais iria gostar. Provavelmente um preto? Respirou fundo e aproximou-se do roupeiro. Passou a mão pelos diversos vestidos. A palete de cores rondava os pretos e os vermelhos, brancos e azuis-eléctricos. Olhou o relógio digital sobre a sua mesinha-de-cabeceira, marcava as 17 horas e 30 minutos. Mordeu o lábio inferior, nervosa e ansiosa para que a noite chegasse.
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a black rose and two broken hearts